O estrabismo é uma patologia na qual os olhos estão desalinhados, apontando para direções diferentes. A classificação do tipo de estrabismo pode ser:
- Esotropia ou convergente: quando um olho ou ambos se movem para dentro, na direção do nariz
- Exotropia ou divergente: quando um olho ou ambos se deslocam para fora
- Hipertropia ou vertical, quando o deslocamento ocorre para cima ou para baixo.
- O estrabismo é uma condição comum entre crianças, mas também pode ocorrer em outra fase da vida, por diferentes razões, entre elas hipertensão arterial sistêmica e diabetes. Pode ser corrigido em qualquer idade, mas os resultados são sempre melhores se o tratamento for feito precocemente.
A falta de tratamento adequado pode causar a perda total da visão do olho desviado, chamado de ambliopia.
Tratamento
O tratamento varia de acordo com a causa do estrabismo e começa pela correção das causas que provocaram o distúrbio. As possibilidades de cura reduzem quanto mais avançada a idade, pois células cerebrais atrofiadas podem não se recuperar. Por isso tratar o estrabismo é, de certa forma, questão de urgência.
As medidas terapêuticas incluem:
- Aplicação de colírios.
- Uso de óculos.
- Exercícios ortópticos para o fortalecimento dos músculos.
- Oclusão do olho com visão normal para estimular o outro com deficiência, especialmente nos casos de ampliopia, conhecidos popularmente como olho preguiçoso.
- Aplicação de toxina botulínica: Em alguns casos representa uma boa alternativa para a correção do desvio.
- Cirurgia: recomendada quando o desvio se mantém depois de corrigido o distúrbio que comprometia a visão. Ela pode ser realizada em um ou nos dois olhos, dependendo do tamanho do desvio. A cirurgia não é feita sobre o olho, e sim nos músculos que o movimentam. A internação hospitalar é curta e a recuperação é breve.
É um erro acreditar que o estrabismo desaparece com o crescimento. Assim que o desvio ocular for notado nas crianças, deve-se encaminhá-las para avaliação oftalmológica.